Estava esta tarde assistindo "Os deuses vencidos" (Edward Dmytryk, 1958), com Montgomery Clift, Marlon Blando e Dean Martín. Fiquei assustado como Clift sempre belo e (de um jeito, ou de outro) sedutor, estava tão frágil na tela. Resta saber se fora por causa do acidente sofrido ou da caracterização, ou até mesmo uma fusão das duas coisas. Claro que sempre impecável, mostrando o quão grande ator era, muito além da beleza, fazendo sempre tipos muito diversos. é estranho pensar que no ano seguinte em "De repente no último verão" (Joseph L. Mankiewicz, 1959), ele está tão lindo e sedutor, como disse anteriormente. Também percebi que Blando não me seduz como Clift, a sua virilidade me causa até de certa forma temor, mas é totalmente entendível o frisson que ele causava, assim como o Steven McQueen, a sua altivez, é de deixar qualquer um desconcertado.
Sinceramente, o galã que me deixa mais desconcertado é sem dúvida, é o Paul Newman. Ele me desconcerta por inteiro, desde a primeira vez que vi um filme seu. Além de ser um grande ator, era bissexual, o que aumentou mais ainda possíveis fantasias. Ele é de uma sedução, fico tomado ao vê-lo em tela, principalmente em "Gata em teto de zinco quente" (Richard Brooks, 1958). que está no auge da beleza e o próprio personagens sofre por questões sexuais, como não se abalar? Curiosamente, um não alçado como galã hollywoodiano, pelo menos dos mais lembrados, mas que me seduz quase tanto Newman é o Anthony Perkins. Lembrado eternamente como Norman Bates, de "Psicose" (Alfred Hitchcock, 1960), ele me deixa tomado totalmente por seu charme, seja em "A sala dos espelhos" (Stuart Rosenberg, 1970) que trabalhou com Newman, "O despertar amargo" (Noel Black, 1968) ou até mesmo o faroeste "O homem dos olhos frios" (Anthony Mann, 1957), me faz compadecer sempre dos seus personagens.
É altamente curioso, como tais figuras provocam sensações na gente. Uma amiga, conversando comigo, me disse, "Hoje em dia, não são considerados tão bonitos assim". Fiquei pensativo, como que as coisas mudam, como os padrões de beleza, mudam, e como Newman, Clift, ou até mesmo, Tarcísio Meira ou Murilo Benício, citando o Brasil, sempre ficarão marcados e mesmo com padrões mudados, serão vistos como símbolos sexuais. Os gostos mudaram, mas eu fico com minha mãe que me disse uma vez, "Paul Newman é Paul Newman", e eu concordei sem ao menos pestanejar. Estrelas que marcaram e fizeram sonhar gerações, sempre virão, mas em que deixou marcas, apagar-se-ão jamais.
1. Anthony Perkins
2. Montgomery Clift
3. Marlon Blando
4. Paul Newman
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